A lei
10.639/03 foi criada como um projeto de políticas públicas, sua meta era
contemplar a diversidade racial de nosso país. Na sua base, o projeto visava incluir
negros e índios dentro do contexto histórico nacional. Tornando-os ambos não
apenas sujeitos ativos da história, mas heróis e grandes responsáveis pela
formação de nossa sociedade e cultura.
Essa
preocupação passou a fazer parte dos debates acadêmicos em 1980, ganhando força
em 1990 com as metas do novo milênio, que tinha como uma de sua metas a
erradicação da desigualdade social em nosso país. Uma das formas das formas
consideradas como ferramentas para acabar com a desigualdade foi à inclusão das
chamadas classes sociais étnicas, que foram excluídas do contexto histórico
brasileiro.
A
lei nasce a partir de uma pesquisa promovida pelo IBGE/PNAD em 2003 que aponta
os números dessa desigualdade, segue trecho do artigo.
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A partir dessa
pesquisa foi constatada a necessidade da criação de políticas afirmativas que
assegurasse a permanência do negro na educação, outro objetivo da lei era
corrigir as brechas deixadas pela constituição de 1988 e outros documentos
posteriores como E.C. A ( 1990) e a L.D.B (1996) que incluía os assuntos étnicos
apenas como temas transversais, além de ratificar a P.N.E que não incluía em
suas diretrizes a preparação dos professores para lecionar sobre o tema.
Os movimentos
negros que lutaram pela criação da lei utilizaram em suas pautas a
reivindicação do tratado internacional assinado pelo Brasil em 1968 – Chamado convenção
relativa à luta contra a discriminação no campo de ensino – reunida em Paris no
dia 14 e 15 de Novembro de 1960.
Dentre as
ações históricas que irão incluir a história do negro no contexto brasileiro
deve-se considerar: A história da África e dos africanos, as lutas do negro no
Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
brasileira.
É importante
descontruir os estereótipos históricos criados pelos europeus sobre o
continente africano, de que o negro era escravo e bárbaro. Ressaltar que tudo
que não fizesse parte da cultura, da sociedade, da religião e do estado era
considera primitiva.
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