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domingo, 16 de setembro de 2012

A educação nas colônias africanas de língua portuguesa.


Quanto vejo a forma pela qual a educação no Brasil e tratada, com descaso  e desrespeito aos profissionais e alunos, me pergunto se no resto do mundo é assim. Na África, continente que sofreu tanto com a colonização e a exploração, como será a educação. Nesta última semana pesquisei o assunto, como recorte, utilizei apenas as colônias africanas de língua portuguesa, para facilitar as consultas.

Para minha surpresa, vi que nesses países e educação e tão negligenciada como no Brasil. Consultei os sites dos jornais dos seguintes países: Angola (jornal o País), Moçambique (O país online), Guine Bissau (Gazeta de notícias) e Ilha da madeira (Diário de notícias). O que me chamou a atenção em todos os jornais foi à falta de notícias sobre o assunto, muitas das matérias publicas, tem quase dois anos.

Esses países são controlados por movimentos de libertação que levaram seus respectivos países a independência na segunda metade do século XX.  Em Angola temos o MPLA, em Guine-Bissau o PAIGC, em Moçambique o FRELIMO e na Ilha da Madeira o PSD. Entre esses países, Guine e Madeira vivem um crise política, e Angola e comandada pelo mesmo presidente desde 1979, não muito diferente da Madeira, onde o Sr. Alberto João Jardi, comanda o país desde 1978.

Ambos países vivem uma crise na educação, com falta de locais apropriados para lecionar, como é o caso de Moçambique, onde as crianças estudam em um terreno a céu aberto. Em Guine-Bissau o Ministro culpa os professores, por apostarem no fiasco na educação, o Ministro Artur Silva, diz que daqui a 12 anos o país terá uma melhora significativa na educação. Na Ilha da  Madeira, o governo e acusado de acabar com escolas e alterar o programas curriculares para reduzir custo com professores, já em Angola, o governo tem alterado as matriculas de alunos que chegam a adolescência, pondo esses  aluno para estudar a noite, segundo o ministra da educação, essa medida foi necessária para aumentar o número de vagas e atender a demanda, os pedagogos não concordam, argumentam que tal  medida pode prejudicar o aprendizado do aluno.

Podemos notar que todos os casos apontados também são recorrentes no Brasil. Talvez o tema precise de um estudo mais aprofundado, mas podemos comparar que nesses países assim como no Brasil, a colonização foi de exploração, não tendo um investimento no desenvolvimento do país ou da sociedade que neles viviam.  Toda produção servia para atender a metrópole e os colonos que viam morar aqui, faziam apenas na intenção de enriquecer e voltar a sua terra natal.

Além de unificara língua, é preciso criar ferramentas para que ambos sejam favorecido por um desenvolvimento social, permitindo a sua sociedade, os direitos básicos negados por séculos.  

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